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segunda-feira

Negreiro

Navio negreiro, Navio cativeiro, navio de negro guerreiro!

Da Africa partiu deixando, pais, filhos e mães em desalento.

Negros islâmicos, negros do candomblé e alguns que não me espanta terem perdido até a fé.

Entre açoites, obrigações, correntes e zombaria,

Muitos só viam solução ao serem "salvos" pela pirataria.

Os mais cruéis cães do mar, quem diria, eram "abolicionistas".

Mas as vezes a sorte é um revez e o negro só trocou de convés.

" Mãe preta ficava de longe olhando,
Navio negreiro levando seus filhos pro lado de la.
A mãe preta chorou, mas, seus filhos não voltou,
A mãe preta chorou, mas, seus filhos não voltou..."

Adorei as almas, máximo respeito aos negros guerreiros!

Povo de Aruanda

A espada que Ogum carrega me guia pela estrada,
A flecha por Oxossi disparada iluminou toda a mata.

Sou filho de Xangô, Kaô! Não me vendo por ouro nem prata.
Sou filho de Xangô, Kaô! É na justiça a minha morada.

O espelho de Oxum reflete o quão doce são são suas águas.
Iansã grande guerreira corta os ventos com sua espada.

Sou filho de Xangô, Kaô! Não me vendo por ouro nem prata.
Sou filho de Xangô, Kaô! É na justiça a minha morada.

Iemanja com seu manto da firmeza pro meu barco navegar.
Todas minhas chagas, pelas palhas de Obaluaê vão se curar.

Não mexa com filho de fé, nós só queremos trabalhar.
Se mexer tanto faz, mas é com meu Exu que vais ter de lidar.

Sou filho de Xangô, Kaô! Sou filho de fé, quero meu lugar!
Sou filho de Xangô, Kaô! Sou filho de fé e ninguém vai me parar!